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Comportamento: A DIFICIL ARTE DE ENCERRAR CICLOS | Jornal Em Destaque por Bruna Richter em Colunista

Comportamento: A DIFICIL ARTE DE ENCERRAR CICLOS



Comportamento: A DIFICIL ARTE DE ENCERRAR CICLOS Classificação

Postado há 2 ano(s) | Rio de Janeiro | Colunista |

Bruna Richter

Há um ditado popular, muito veiculado e conhecido, que nos diz que tudo na vida tem um princípio, um meio e um fim. Penso que nem todos os ditos conhecidos fazem tanto sentido para mim e confesso que existem inclusive alguns para os quais eu torço o nariz, mas este, particularmente, me toma o coração de assalto. Aceitar que algumas situações significativas em nossas vidas, em um determinado momento, se dissolvem não é algo trivial.


Aqui, não busco valorar o assunto explorado. Podemos pensar isso para relacionamentos, para pessoas, para oportunidades, para fases. Podemos pensar nesse ciclo para quase tudo. Entretanto, tem algo em nós, que espontaneamente, foge do fim. Que se esconde, que luta, que nega. Que evita olhar para isso porque percebe a dor e a falta que surgem. Aquela parte que só de imaginar... melhor nem pensar!


Sim... a vida é feita de escolhas. Desde o instante em que acordamos até o momento em que vamos dormir, estamos decidindo. E desde as pequenas opções que fazemos àquelas grandiosas, estamos assim definindo continuamente os novos rumos da nossa história. A cada oportunidade. É uma liberdade imensa, sem dúvidas, mas também uma indizível, árdua e contínua responsabilidade.


Algumas alternativas somos nós quem elegemos, outras tantas o próprio caminhar vai selecionando por nós. Contudo, a lacuna que brota de cada encerramento é latente. Ficamos um pouco mais ocos, sentimos um vazio quase palpável. Talvez, não pela decisão em si, mas pelas inúmeras renúncias que se esvaem quando optamos por ela. Escolher algo é inegavelmente abrir mão de tantas outras oportunidades.


No entanto, se não concluímos nossas séries, parece que algo a mais nos falta. Fica qualquer coisa em aberto, incompleta, inacabada. E por isto é bastante relevante que saibamos - ou, ao menos, que tentemos - encerrar algumas situações antes de seguir adiante. E a dificuldade de manejo dessas circunstâncias, em grande parte, é diretamente proporcional à quantidade de afeto aplicada nelas. Quanto mais emoção investida, mais difícil superar essa perda, esse luto.


Não acredito que caibam conselhos aqui. Muito menos pressa ou agilidade na intenção de findar esse período. Talvez o indicado seja apenas acolher todos os sentimentos decorrentes da angústia, entender o próprio tempo de atravessamento da lesão e, progressivamente, recomeçar a depositar energia em si e em outros objetos ou situações do mundo. Um passo de cada vez. Gentilmente.

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