As pesquisas são unânimes e
enfáticas em afirmar que a maioria da população e do eleitorado é formada por
mulheres. No entanto, na contramão desses números, todos os poderes são
compostos por homens. E o que mais impressiona é que esse quadro não deve se
alterar no próximo pleito: mais uma vez as mulheres não serão representadas
como precisariam.
O prazo para a realização das
convenções partidárias se encerraram no último dia 5. Pelos dados levantados,
grande parte dos que irão concorrer nas próximas eleições serão do sexo
masculino. Homens esses que não estão
conseguindo conquistar a confiança, e o consequente voto, das mulheres, que
continuam indecisas e alheias ao pleito que se aproxima.
O grande motivo, ainda segundo
as pesquisas, é o fato de que os candidatos não estão conseguindo perceber
quais as prioridades das eleitoras. Enquanto o eleitorado masculino aponta como
sendo sua maior preocupação a crise financeira, as mulheres enumeram o combate aos
problemas com a saúde e educação, e a insegurança como suas prioridades. IsTo
quer dizer que os candidatos não estão falando a mesma língua das eleitoras.
Alguns partidos começam a
entender esse cenário e dar uma atenção especial a essa grande parcela do
eleitorado - o feminino. O PRP Partido Republicano Progressista é um deles. Em
sua convenção alguns nomes chamaram a atenção por estarem concorrendo pela
primeira vez e principalmente, por serem mulheres. Entre eles está Célia
Jordão, candidata à deputada estadual.
Nome novo nas eleições, Célia
Jordão é advogada pública concursada desde 1996. Com uma carreira profissional sólida,
que começou com atuações em defensorias públicas, ela desenvolve um trabalho na
área social há mais de 25 anos. Seu trabalho à frente da Secretaria de
Assistência Social envolveu projetos de qualificação de mão de obra e engajamento
de jovens em atividades esportivas e de formação profissional.
Célia Jordão parece mesmo um
exemplo do perfil procurado pelas eleitoras, que entendem que cuidar do social
não se limita a dar cestas básicas e sim abrir portas para a profissionalização
e adequação às necessidades do mercado de trabalho. “Ainda há muito por fazer.
Não dá pra ficar só assistindo. Temos que trabalhar para modificar o que está
errado, mudar o que prejudica a população, que merece e precisa de mais”,
afirmou Célia.