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Crianças autistas conversam sobre TEA e cobram acesso a direitos para inclusão | Jornal Em Destaque por Valeria Cardoso em PRA GAROTADA


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Crianças autistas conversam sobre TEA e cobram acesso a direitos para inclusão

Com brincadeiras e música, edição especial comemora o mês de Conscientização do Autismo



Crianças autistas conversam sobre TEA e cobram acesso a direitos para inclusão Classificação

Postado há 1 ano(s) | Miguel Pereira | PRA GAROTADA |

Valeria Cardoso

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No meio de tantas crianças no mundo, cada uma com seu jeito próprio de ser, tem um grupo com uma maneira ainda mais especial de pensar, sentir e brincar: as crianças dentro Transtorno de Espectro Autista (TEA). Junto com elas, a edição de hoje (22) do PRA GAROTADA mergulha no universo TEA e celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 2 de abril.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento do cérebro e afeta várias partes da nossa vida: a gente escuta de um jeito diferente, sente cheiros mais fortes e o toque e a luz também são intensificados. Para algumas pessoas pode ser um cheiro ou um barulho específico que incomoda e isso pode nos atrapalhar”, conta Gustavo, que tem 13 anos, mora em Guarapari (ES) e está dentro do espectro.

O cérebro das crianças autistas tem algumas particularidades físicas que fazem com que elas pensem, sintam e respondam ao mundo de uma forma diferente das crianças chamadas típicas. Com isso, os barulhos podem ser muito mais altos, as luzes muito mais fortes e o tecido das roupas pode pinicar tanto que acaba deixando as crianças nervosas e chateadas.

Quando isso acontece, uma das formas que os autistas encontram de reorganizar os pensamentos é fazer alguns movimentos repetitivos, como sacudir as mãos, bater os pés, repetir sons ou balançar o corpo.

Mas vale reforçar que essas características são muito individuais. Não existe um padrão: crianças autistas são diferentes umas das outras e podem ter facilidade ou dificuldade em coisas diversas, como todo mundo.

Eu não gosto de barulhos e não aceito tão bem as regras dos jogos e das brincadeiras. Mas gosto muito de brincar, de jogar bola e de estar com meus amigos”, conta Leonardo Duarte, que tem 7 anos, mora em São Paulo e é uma criança TEA.


Crianças autistas tem direito à tratamento e terapias pelo Sistema Único de Saúde / Foto: Creative Commons Crianças autistas tem direito à tratamento e terapias pelo Sistema Único de Saúde / Foto: Creative Commons

Juntos contra o preconceito

Embora as crianças dentro do espectro autista sejam tão parecidas com as outras, elas enfrentam alguns desafios muito particulares. Um deles é conseguir acessar de forma gratuita médicos, remédios ou terapias que ajudem a desenvolver áreas em que elas têm mais dificuldade.

Esses tratamentos são um direito das crianças autistas, mas nem todas conseguem ter acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por falhas em políticas públicas. Elas acabam, então, perdendo uma janela importante de desenvolvimento: a infância.

Uma criança dentro do espectro que não tenha tratamento, quando chegar na vida adulta pode ter mais dificuldades e menos independência, porque não se desenvolveu enquanto estava na infância”, explica Gustavo, que ministra palestras sobre autismo para médicos e estudantes de medicina no Espírito Santo.

Outro desafio está nas escolas, que muitas vezes não são preparadas para receber crianças dentro do espectro.

As escolas sempre fazem muitas filas e os deveres de casa são difíceis”, pontua Maria Clara, de 6 anos, mora em Guarapari e está dentro do espectro.

Quem também constrói essa edição do Radinho BdF, disponível no Podcast do ED, são mães atípicas, que reinventaram a maternidade a partir do diagnóstico de seus filhos.

Meu filho, Théo, é um menino autista de 5 anos e desde os sete meses já mostrava sinais: ele não atendida quanto chamávamos e teve dificuldade para aprender a falar. No começo foi difícil, porque eu sabia que a partir do diagnóstico teria que ser outra mãe. Ser mãe atípica é muito mais difícil, mas o que vem em troca é muito bom. O Théo é um presente”, conta Patrícia, de 41 anos. “Não é uma doença, não passa pra ninguém. Nunca deixe de lutar pelo seu filho”.

Quem também está sempre ao lado dos filhos é a Emanuele Teixeira Vassoler, que tem 40 anos e é mãe de duas crianças autistas. Ela e outras mães e pais de crianças TEA do Espírito Santo fundaram o coletivo Família TEA, para trocar informações e experiências sobre autismo.

O Família TEA nasceu há um ano e mio, para trocar experiências e prognostico das crianças, com relação a medicação e equipe multidisciplinar”, conta. “Ninguém prepara a gente para ter um filho com deficiência. Quando ficamos grávidas pensamos na cor dos olhos, do cabelo, no quarto, mas a gente nunca está preparada para uma deficiência. No grupo, nós nos apoiamos”.


Aceitação e apoio da família são fundamentais para desenvolvimento das crianças / Noeh/Reprodução Aceitação e apoio da família são fundamentais para desenvolvimento das crianças / Noeh/Reprodução

Com a voz, as mães

Quem também constrói essa edição do Radinho BdF, disponível no Podcast do ED, são mães atípicas, que reinventaram a maternidade a partir do diagnóstico de seus filhos.

Meu filho, Théo, é um menino autista de 5 anos e desde os sete meses já mostrava sinais: ele não atendida quanto chamávamos e teve dificuldade para aprender a falar. No começo foi difícil, porque eu sabia que a partir do diagnóstico teria que ser outra mãe. Ser mãe atípica é muito mais difícil, mas o que vem em troca é muito bom. O Théo é um presente”, conta Patrícia, de 41 anos. “Não é uma doença, não passa pra ninguém. Nunca deixe de lutar pelo seu filho”.

Quem também está sempre ao lado dos filhos é a Emanuele Teixeira Vassoler, que tem 40 anos e é mãe de duas crianças autistas. Ela e outras mães e pais de crianças TEA do Espírito Santo fundaram o coletivo Família TEA, para trocar informações e experiências sobre autismo.

O Família TEA nasceu há um ano e mio, para trocar experiências e prognostico das crianças, com relação a medicação e equipe multidisciplinar”, conta. “Ninguém prepara a gente para ter um filho com deficiência. Quando ficamos grávidas pensamos na cor dos olhos, do cabelo, no quarto, mas a gente nunca está preparada para uma deficiência. No grupo, nós nos apoiamos”.


Através de imagens, sons, aplicativos, jogos Eu Sou o Auts auxilia no desenvolvimento das crianças e na inclusão social / Reprodução Através de imagens, sons, aplicativos, jogos Eu Sou o Auts auxilia no desenvolvimento das crianças e na inclusão social / Reprodução

Mascote TEA

E como a diversão é sempre garantida, a edição de hoje do Radinho BdF recebe uma visita pra lá de especial: o Auts, da série animada “Eu sou o Auts”. Ele é um menino de 6 anos, está dentro do espectro autista, ama a cor azul, o barulho da chuva e adora brincar de massinha.

E junto com o Auts veio também toda sua turma: a Ana, de 7 anos, que ama borboletas e é a melhor amiga da Auts; o Davi, de 8 anos, que adora entrar nas brincadeiras do Auts; e o cachorro que ama o Auts, apesar de provocar um pouco de medo nele.

Além dessa turma especial, o programa vem cheio de brincadeiras, com atividades especiais para incentivar a valorização da diversidade, comandadas pela professora Silvana de Oliveira. Na Hora de História, a contadora Márcia Marçal solta a voz em um relato muito emocionante sobre uma família atípica.

E a nossa Vitrolinha põe para tocar “Só eu sou Eu”, do Marcelo Jeneci, “É Normal ser Diferente”, dos Grandes Pequeninos e “A Maior Palavra do Mundo”, do Tom Zé.

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